sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Se a moda pega

Taísa Conrado
Assistindo ao telejornal, me deparo com uma cena dantesca e até então aos meus olhos inimagináveis. Em uma universidade de São Paulo, uma aluna sofre agressões por usar um nanovestido rosa que dava pra ver até o pulmão dela.

Inimaginável porque o que mais se vê hoje em dia é mulher querendo mostrar suas intimidades. Aqueles estudantes nunca presenciaram tal cena? Eu infelizmente me canso de ver desfiles e desfiles dessas mulheres produtos a cada topada de esquina.

Dantesca pela exagerada situação. Viu se um quadro contemporâneo da loucura da sociedade, onde mulheres tornam-se objetos em programas, comerciais, músicas e etc., porém quando tais mulheres pulam de nossas revistas e TVs para nossa sala de aula lá se vão os fariseus tacar pedra na pobre alma (e põe pobre nisso). Também dou grande valor a moral e bons costumes, mas hipocrisia mando pra casa do chapéu. Os que a insultavam são os mesmos que invocam a total falta de pudor nos pagodes, axés e arrochas da vida. Invocou o trem ruim, agora aguente.

Mas, apesar de minha indignação neste caso, desejaria que esta moda pegasse em certas circunstâncias. Não seria danado de bom se no Brasil todas discarações fossem sempre tratadas com tanta euforia reprovatória? Os plenários e Senados da vida, por exemplo, se nossos despudorados políticos fossem vaiados e desmoralizados (acho que o termo correto seria amoralizados) toda vez que aparecessem com suas gatonices e astúcias, essa moda cairia muito bem.

O mais interessante disso tudo é que esta estudante, a exemplo da professora de Salvador, acaba virando celebridade e no final das contas seu feito vira o babado do momento e elas ainda ganham dinheiro. Certas estão elas, aparecem com as protuberâncias de fora e no final dizem que não têm nádegas a declarar.

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